Já não é mais novidade que os astronautas em missão bebem a própria urina – depois de ter sido devidamente tratada e filtrada –, mas graças a uma nova tecnologia, os cientistas encontraram uma maneira de tirar ainda mais proveito das substâncias que o corpo humano produz naturalmente. A partir de agora, os moradores da Estação Espacial Internacional poderão usar sua urina para hidratar o corpo e também para garantir que as espaçonaves funcionem adequadamente.
A nova descoberta é importante para potencializar o reaproveitamento dos dejetos, afinal, os especialistas sabem que metade dos resíduos totais de uma missão espacial de longa duração vem do corpo humano e é extremamente caro mandar água da Terra para o espaço. Esses dois motivos fazem com que a reciclagem dos dejetos humanos seja fundamental.
Então, a NASA trocou os destiladores grandes e ultrapassados que estavam sendo usados anteriormente e por um sistema de tratamento que funciona a partir de um processo de osmose. A parte do sistema que transforma urina em água já é conhecida, então a grande inovação desse método está na possibilidade de converter a ureia extraída da urina em amônia através de um biorreator. Após essa etapa, a amônia pode ser combinada com células de combustíveis e convertida em energia.
A boa notícia é que os astronautas não serão os únicos a aproveitar os benefícios do UBE (do inglês Urea Bioreactor Electrochemical). De acordo com a NASA, “os resultados mostraram que o sistema UBE poderia ser usado no tratamento de qualquer sistema de descarte de água que contenha ureia e/ou amônia”.
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